quinta-feira, 25 de abril de 2013

8º Dzień Polski – Comunidade Guajuvira de Baixo – Araucária PR


Todo ano alguma região polonesa de Araucária recebe a responsabilidade de organizar a festa do Dzień Polski (Dia Polonês), que já está em sua 8º edição e é uma grande festa muito esperada por todos os descendentes de poloneses da cidade. Comunidades como Colônia Cristina, Costeira, Campestre já organizaram a festa, há rumores de que no próximo ano aconteça no Tietê.
Nesta 8º edição que aconteceu no útimo domingo dia (21), quem foi incumbido pela realização do evento foi Guajuvira de Baixo, Rosa Maria Wojcik (Dona Rosinha) e sua equipe fizeram do evento um grade sucesso que contou com a presença de muitas pessoas inclusive de outras cidades.
A programação deste ano teve a Cavalgada saindo de Colônia Ipiranga até a Praça de Guajuvira, Santa Missa rezada em polonês pelo Padre Lourenço, almoço com pratos típicos deliciosos como o pierogi e a tarde com apresentações folclóricas do Wesoly Dom, Grupo Koza, Coral Dzień Polski e baile com Garotos Galponeiros.


JJAbaixo algumas fotos do evento...JJ



Cavalgada
Dona Helena Boçoen

Coral Dzień Polski


Procissão de entrada

Missa - Capela Senhor Bom Jesus
Homenagens
Apresentações folclóricas - Wesoly Dom


Apresentações Folclóricas - Wesoly Dom

Apresentações folclóricas - Wesoly Dom
Apresentações folclóricas - Wesoly Dom

Apresentações folclóricas - Wesoly Dom

Exposição Cultural




Fotografia: Flaviane Wojcik

Vídeo Sokowa:



 

Esperamos que tenha gostado e, ano que vem tem mais !

terça-feira, 16 de abril de 2013

COLONIZAÇÃO POLONESA NO BRASIL, PARANÁ E ARAUCÁRIA

O tema do nosso post da semana é sobre um pouco da colonização polonesa no Brasil, Paraná e Araucária. Lembrando que todo conteúdo aqui abordado possuí suas respectivas referências citadas na sequência.
Se você possui e conhece maiores informações, compartilhe conosco!

ASPECTOS GERAIS SOBRE A COLONIZAÇÃO POLONESA NO BRASIL
 E PARANÁ

Foto: Intenet

Os primeiros representantes do grupo étnico polonês chegaram ao Brasil em 1869. Um grupo de 16 famílias, com aproximadamente 80 pessoas, provenientes da localidade de Siolkowice, região de Opole, província da Silésia, então sob ocupação prussiana, fixou-se numa área de terras da Colônia Príncipe Dom Pedro, próxima à Colônia Itajaí, atual município de Brusque-SC.
“Quando a imigração polaca começou no Brasil, não existia o Estado Polaco, somente a nação. A Polônia, após ter sido um dos maiores países europeus nos séculos XVI e XVII, foi invadida no século dezoito pelos seus três vizinhos, Rússia, Áustria e Prússia”. (ULYSSES, 2000, pg 64)
No Paraná, estudos apontam o ano de 1871 como marco principal da vinda dos poloneses, ou seja, dois anos depois de se fixarem em Santa Catarina. Nessa data, o grupo já ampliado, chegou a Curitiba, instalando-se no bairro do Pilarzinho. Fixaram-se também em São Mateus do Sul, Rio Claro, Mallet, Cruz Machado, Ivaí, Reserva e Irati. Em Curitiba, fundaram várias colônias que hoje são, por exemplo, os bairros de Santa Cândida e Abranches.
Misturados a outras correntes imigratórias, ou isoladamente, o grupo se fixou, em terras catarinenses e paranaenses, com o objetivo de cumprir contratos de obras, propostas por engenheiros, ou militares.

Pode-se definir que a imigração polonesa para o Brasil se deu em quatro fases:
· 1ª fase, 1869-1871
Vieram para o Brasil nesse período, mais precisamente para Brusque (SC) 32 famílias. Entretanto, não se adaptando às adversidades da região, uma vez que a maioria dos moradores da colônia eram alemães, foram transferidos para Curitiba, estabelecendo-se no Pilarzinho.
· 2ª fase, 1873-1891
No ano de 1873, desembarcaram no porto de São Francisco (SC) 64 famílias, totalizando 258 pessoas que, após conseguirem autorização do presidente do Paraná, Dr. Frederico Abranches, se estabeleceram a 6 Km de Curitiba no atual bairro Abranches. Em 1876, as colônias polonesas no entorno de Curitiba contavam com 3850 pessoas. Uma no vale do Iguaçu, próximo a Palmeira-PR, onde se desenvolveram as colônias polonesas de Santa Bárbara, Canta Galo, Rio dos Patos, São Mateus, Água Branca, Eufrosina e Rio Claro, num total de 8200 pessoas. A outra comissão, de Rio Negro-PR, foi responsável pela formação das colônias polonesas de: Lucena e Itaiópolis, num total de 1488 pessoas e a colônia de Augusta Vitória com 120 pessoas”. Em 1891, em “Massaranduba-SC estabeleceram-se em torno de 1000 pessoas.”
· 3ª fase, 1895-1908
Nessa fase, em 1895, vieram da Galícia (região dominada pelos russos), 350 pessoas para a colônia Alberto de Abreu, nos arredores de Porto União. Em 1896, foram assentados pelo governo paranaense cerca de 2500 pessoas, na colônia de Água Amarela (hoje Antônio Olinto-PR), predominando aí os poloneses de procedência russa e os outros da região da Galícia. Nas colônias de Rio Claro, Mallet e Dorizom-PR, estabeleceram-se cerca de 1000 famílias, predominantemente oriundas da região dominada pela Rússia.
Ainda em 1896 foi assentada a maior colônia polonesa paranaense, em Prudentópolis, com cerca de 10.000 pessoas, onde 70% de seus membros eram provenientes, também, da região de domínio russo.
· 4ª fase, 1908-1912
Foi a fase da imigração polonesa que trouxe o maior número de imigrantes para o Paraná, totalizando um número de 23.406 pessoas. Santa Catarina e Rio Grande do Sul, na mesma fase, receberam 1000 e 7000 imigrantes poloneses, respectivamente.


Fonte:
Artigo de: Antonio Leocadio Cabral Reis / Orientador: Marcos Aurélio Tarlombani da Silveira

COLONIZAÇÃO POLONESA EM ARAUCÁRIA

COLONIZAÇÃO DE ARAUCÁRIA
Os primeiros poloneses que chegaram em Araucária (em 1876) situaram-se em locais próximos dos rios Iguaçu e Passauna. Ao redor terras férteis, porém as condições de acesso a Curitiba eram muito precárias, por meio de carreiros. Muitos produtos, como centeio, arroz, trigo, erva mate e outros ficavam nos paióis e seus habitantes passaram necessidades, pois não tinham como vender. É importante destacar que os primeiros poloneses “vieram para uma colonização de povoamento”, diferente dos primeiros portugueses e espanhóis na América, que vinham para “explorar e exportar uma só cultura, com mão de obra escrava”. Os poloneses aqui chegaram para construir sua cidadania, ou, como outra expressão, alegavam: “Deus vos escolheu para a lavoura”. Esse não era o sentimento dos primeiros poloneses, de se dedicarem apenas à lavoura, pois esta lhes roubava o direito de estudar e prosperar com melhores condições de vida, dedicando a pesquisas e a ciências. Por isso, uma reflexão: os imigrantes poloneses e de outras etnias chegaram ao Brasil para SUSBTITUIR OS ESCRAVOS? Tinham como primeira razão a fé, construindo igrejas para salvar apenas a alma; Construir escolas para fundamentar conhecimentos aos filhos; Construir sociedade para salvar sua cultura, seus costumes e organizar seus trabalhadores cooperativos;
Qual era a prioridade da sociedade?
E que influência essa imigração recebeu dos índios, que aqui moravam, e dos escravos que sobreviveram?
Aqui chegando, os poloneses fizeram suas casas, mas também se preocuparam com a educação. Construíram a sociedade, escola e depois a Igreja. Jerônimo Durski, pai das escolas polonesas, imigrou em 1851. Ele foi também o primeiro polonês a residir no Paraná. O manual escrito por ele em língua polonesa e portuguesa em 1893 é tido como a primeira obra do gênero, tanto na Polônia como no Brasil. Ele lecionou português numa escola do Estado. Entre seus alunos, estavam eminentes brasileiros como o Dr. Caetano Munhoz da Rocha, que foi governador da Província do Paraná. Teve ainda Clotário Portugal, que tornou-se presidente do Tribunal da Justiça e o próprio historiador Romário Martins. Durski morreu em Campo Largo, em 1905.

OS POLONESES: COMO E PORQUE VIERAM PARA ARAUCÁRIA?

A vinda foi através de um recrutamento feito por empresas particulares que faziam promessas de que o Brasil era rico, tinha ouro, mas quando aqui chegaram o ouro era o “verde” das matas a serem desbravadas. O Brasil, diante da lei Euzébio de Queiroz, que proibiu o tráfi co de escravos em 1850, resolveu trocar o trabalho escravo pelo assalariado, tentando suprir a demanda de alimentos de Curitiba, que estava em bom crescimento.
Os imigrantes poloneses se estabeleceram em Thomás Coelho. Foram recrutados em grande parte pelo agente de imigração Eugenio Bendaszewski, natural de Gorlice, antiga Galícia austríaca e residente em Curitiba. Em cada núcleo, fundou-se uma escola e edificou-se uma capela. Inicialmente o número de seus lotes era de 182, mas em 1878 isso foi ampliado para 270, fi cando conhecido como Roça Nova. O nome dado à colônia foi uma homenagem prestada pela província ao então Ministro da Agricultura, Thomas José Coelho de Almeida, membro do Gabinete do Império, presidido por Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.

DESENVOLVIMENTO

O fato de a colônia possuir uma serraria pertencente a Pedro Hey concorreu muito para o seu desenvolvimento inicial, porque os colonos podiam vender os pinheiros que abundavam em seus lotes e, com o lucro, melhorar os seus estabelecimentos, comprando instrumentos agrícolas. A existência dessa serraria contribuiu para que os colonos pudessem construir suas casas a preços mais favoráveis. O colono poderia ligar-se à terra que habitava pelo direito à propriedade, facilitando-se a aquisição da mesma. Cada imigrante maior de 10 anos teria um auxílio de fixação de $ 20.000 (Réis) e mais a mesma soma para compra de utensílios e sementes. Após a fixação do imigrante, este seria logo empregado na construção de estradas da colônia, cessando então na alimentação que era por canta do governo. Em cada colônia mais afastada da capital, seria edificada uma escola e uma capela. As novas gerações que houvessem apreendido a lidar com a terra e dominar as condições brasileiras

FONTES DE PESQUISA:
SWERCZEK Wendelin, A seara do semeador, Gráfi ca Vicentina, 1980.Curitiba/PR.
WACHOWICZ Ruy, História do Paraná, 6ª edição, gráfi ca Vicentina, 1988. Curitiba.
WACHOWIC Ruy (Tomas Coelho uma comunidade camponesa).
ARTIGO ESCRITO POR Pedro Greboge Filho / Professor de História e Filosofia. Artigo do ano de 2008.


Ao longo dos anos, a cidade foi construindo e revitalizando alguns monumentos históricos em referencia ao marco da colonização polonesa, alguns deles são:

Igreja de São Miguel

A capela foi construída em 1882, na localidade denominada "Campina dos Ausentes", sob a orientação do engenheiro Virgílio da Gama Lobo, em terreno doado por Aleixo Trauczynski, depois de muita polêmica entre os colonos poloneses, galicianos e silicianos quanto à escolha do local. No dia 10 de dezembro de 1884, a igrejinha foi visitada pela Princesa Izabel, a qual menciona em carta-diário dirigida a seu pai, o Imperador D. Pedro II, que "... a capela é bonitinha, mas horrivelmente pequena para os 3000 colonos que existem em Thomaz Coelho". Em 1888 a capela foi reformada às custas dos próprios colonos. No mesmo ano, foi criado o curato de Thomaz Coelho, tendo como sede a Capela de São Miguel, elevada à categoria de Matriz em 15 de dezembro de 1936. Em 1937, a capela foi restaurada, tendo como vigário o Padre Boleslau Bayer. O Padre Francisco Madej, em 1948, deu inicio a ampliação (6m x 15m) com a orientação do engenheiro Ficinski, sendo concluída em 1952. Durante esta reforma, a Igreja recebeu altar de mármore importado em diversas cores, com ornamentos em bronze, o piso da escadaria do altar foi executado em mármore de Carrara. A pintura interna é do começo da década de 1950, apresentando motivo floral e anjos, tudo em policromia viva. No piso foi usada a técnica de ladrilhos hidráulicos, com motivos geométricos. As portas e janelas testemunham o gosto pelo estilo neogótico, comum na época, linguagem esta que foi adotada na maioria das reformas feitas em edifícios dos programas religiosos da época. Entre 1971 e 1973, a igreja foi reformada na sua parte externa. Localiza-se na Rua Boleslau Bayer. Tel. (41) 3643-1240.
Horário de visitação: nos horários de missa ou agendar com as irmãs da Casa Betânia.


Interior Igreja São Miguel - Foto: Carlos Poly


Parque Romão Wachowicz
Foi criado pela Prefeitura Municipal em 27 de julho de 1995 com intuito de preservar a memória da imigração polonesa. No local encontra-se a Capelinha de São Miguel, o Memorial da Imigração Polonesa, um mirante com vista para a Barragem do Passaúna, um pequeno bosque, um pomar, um anfiteatro, uma pequena trilha que contorna o parque e alguns recantos com bancos.
A imigração polonesa na região de Araucária iniciou-se em Thomaz Coelho, que foi a maior colônia de imigrantes poloneses das circunvizinhanças da capital fundada por Lamenha Lins em 1876 e tinha como objetivo abastecer a capital do Estado com gêneros agrícolas. A grande religiosidade destes imigrantes registra-se em Araucária através da construção de capelinhas em terrenos particulares. Localiza-se na Avenida Centenário, 1105.
Horário de atendimento: terça-feira à sexta-feira das 8h às 17h30, sábados, domingos e feriados das 10h às 17h.

Foto: Carlos Poly

Capelinha de São Miguel
Foi construída em 1894, pelo imigrante polonês Miguel Gurski em seu terreno particular. A capelinha foi restaurada em 1981. Em 1995, a capelinha foi novamente restaurada e atualmente faz parte do Memorial da Imigração Polonesa.

Capelinha de São Miguel - site Turismo pelo Brasil


Portal Polônico
Inaugurado em 9 de abril de 2000, data do encerramento do IV Congresso Polônico da América Latina. O Portal Polônico mostra duas fases da arquitetura do imigrante polonês no município, combinando elementos arquitetônicos da casa de troncos da segunda metade do século XIX e posteriormente da casa de tábuas de pinheiros. Os lambrequins também caracterizam essa última fase. Localiza-se na Avenida das Araucárias.


Portal Polônico - Blog Circulando Curitiba

Aldeia da Solidariedade
Constituída por centenárias edificações em madeira rudimentar, construída pelos poloneses que chegaram à região. Em 1982, foram transferidas de Thomaz Coelho, Roça Velha e Roça Nova para o Parque Cachoeira. Conta com duas casas, chiqueiro, paiol e picador de palha, utilizados para oficinas de arte e artesanato. Localiza-se na Rua Ceará, 65 – Parque Cachoeira. Informações Tel. (41) 3901-5195 - e-mail: aldeia@araucaria.pr.gov.br
Horário de visitação: de segunda-feira à sexta-feira das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. Aos sábados, domingos e feriados é permitida a visitação externa às casas no horário de funcionamento do Parque Cachoeira das 10h às 17h.

Foto: Carlos Poly


Alguns vídeos interessantes no youtube sobre a colonização polonesa no Paraná:




Essa reportagem foi muito legal, quem ainda não assistiu vale a pena !

Esperamos que tenham gostado.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O Trompetista de Krakówiak

Mais uma incrível história polonesas para vocês !


Em 1241, a cidade de Krakówiak foi quase completamente destruída pelos tártaros. A história do trompetista de Krakówiak retrata sobre esta invasão, onde no momento em que a cidade estava sendo atacada, um trompetista que estava de guarda soou seu trompete na tentativa de alertar a cidade e dando ordem de fechar os portões.
Porém enquanto tocava avisando as pessoas sobre o ataque iminente, o trompetista foi morto atingido por uma flecha bem na sua garganta. Por isso a melodia é interrompida bruscamente.
Seu ato heróico é lembrado e homenageado pela cidade até nos dias de hoje. Do topo da Basílica de Santa Maria, é possível ouvir a cada hora todos os dias, o som de um clarim solitário interpretando a canção “Hejnal Mariacki” um hino mariano de melodia bela. O trompetista cumpre um ritual de tocar o sino e depois o clarim nas quatro janelas da torre que representam os quatro cantos da cidade, como quem queira que toda a Krakówiak o ouça. E assim como mostra a história, a melodia também é interrompida bruscamente. Rádios da cidade transmitem a execução do clarim ao meio-dia.



Auto da Torre

Torres Basílica de Santa Maria - Krakówiak

Um pouco sobre a cidade...

A cidade de Krakówiak no sul da Polônia, cobre ambas as margens do rio Wisla, numa região montanhosa no sopé dos Cárpatos. É a segunda maior cidade polaca, com uma população de 756 000 (1,4 milhões incluindo a área metropolitana). Foi o primeiro Patrimônio Mundial do mundo, juntamente com outros onze sítios.
Foi reconstruída segundo um desenho que permanece inalterado até aos dias de hoje.
Em 1978, a UNESCO colocou Krakówiak na lista de Patrimônio Mundial. No mesmo ano, o Arcebispo de Krakówiak, Karol Wojtyla, tornou-se no Papa João Paulo II.
Cidade Velha: O centro histórico oferece excelentes lojas, especialmente para comprar roupa, jóias e arte. Pode vaguear pelo centro histórico e por Kazimierz, onde as lojas de antiguidades abundam. O centro de tudo isto é a Rynek Głowny ("Rynek" também significa "mercado"), onde encontrará as melhores lojas da cidade.
No meio da Rynek Głowny ergue-se o Sukiennice, centro do comércio na cidade por centenas de anos. Todo o rés do chão é um mercado, onde artistas locais vendem os seus artigos. Especialmente interessantes são as jóias de âmbar e os tapetes de pele de ovelha. Um local a visitar se quiser levar um pedaço autêntico de Krakówiak para casa.
O Monumento a Adam Mickiewicz e a Igreja de Santa Maria.

Praça do Mercado Central


Fotos: Internet

quarta-feira, 3 de abril de 2013

História do símbolo da Águia Branca – Brasão da República da Polônia e da Bandeira Nacional

O BRASÃO
A águia branca polonesa tem um início lendário quando um soldado de nome Lech percorria a Europa com os seus irmãos Czech e Rus a procura de um lugar onde pudesse se fixar. Quando chegaram às terras sonhadas por Lech onde existiam inúmeros ninhos de águias, Lech observou que de um ninho saiu voando uma águia branca que contrastou com céu carmim do por do sol e entendeu que era este um sinal de que assim como as águias ele poderia se estabelecer ali e fundar o seu país. Desta maneira foi estabelecido o país dos Lechitos, cujo nome está relacionado com a Polônia. Fundou a capital Gniezno (relativo a palavra gniazdo = ninho). Para o seu brasão escolheu a águia branca com as asas abertas. Seus irmãos foram para outras terras estabelecer outras nações.

O brasão da República da Polônia é representado por uma águia branca coroada, com as asas abertas, sobre fundo vermelho.


Nos tempos antigos, em algumas nações, a águia simbolizava o deus mais importante e em várias épocas foi adotada como insígnia nacional. Por exemplo, na mitologia grega e romana a águia era símbolo de grandeza e majestade, e no Antigo Império Romano usada como símbolo de suas legiões. 
Historicamente o desenho da águia apareceu pela primeira vez nas moedas cunhadas durante o governo do primeiro rei polonês - Bolesław Chrobry, filho de Mieszko I, que reinou entre 992 e 1025. Neste tempo a águia ainda não apresentava a coroa sobre a cabeça e era pintada sobre os escudos dos soldados sobre fundo vermelho. Esta insígnia era usada em cerimônias de grandes eventos e conquistas da corte e pelo exercito polonês.
O símbolo heráldico da águia branca coroada sobre um fundo vermelho surgiu pela primeira vez durante a cerimônia da coroação do rei Przemysł II, em 25 de junho de 1295, em Gniezno. Przemysł II confeccionou um sinete no qual cunhou uma grande águia branca com os dizeres ao seu redor “Deus devolveu aos poloneses os símbolos da vitória” (Bóg przywrócił Polakom zwycięskie znaki). Desta maneira a águia branca tornou-se o brasão do reinado polonês e foi usado por todos os reis poloneses que o sucederam. Fazia parte das vestes reais, armas de defesa pessoal e bandeiras. Esteve presente nas insígnias dos reis da dinastia dos Piast (também durante a divisão), Jagiełło, Wasa e, na seqüência, dos reis que foram eleitos. O brasão era exposto durante as cerimônias da coroação, eleições dos reis, acordos de paz, visitas dos representantes das nações amigas, reuniões do parlamento, casamentos, funerais e também nos campos de batalha.
Ao longo dos séculos o brasão foi modificado quanto ao tipo de desenho da águia, mas o símbolo em si não mudou. A cor branca da águia simboliza a pureza e o vermelho do fundo, sobre o qual repousa, a majestade.
Após a reconquista da liberdade da nação polonesa, em 1918, a águia corada voltou a ser usada no brasão nacional. Durante a II Guerra Mundial, de 1939 a 1945, o brasão e a bandeira foram os símbolos máximos do exército nacional, do exército subterrâneo AK – Armia Krajowa e do povo em defesa do país. Após a guerra, já sob o domínio soviético, a águia branca perdeu a coroa, embora permanecesse no brasão. O brasão com a águia coroada continuou a existir nos corações de todo o povo polonês e todos os opositores do governo da República Popular da Polônia para os quais era símbolo da luta pela libertação da Polônia.
Depois da mudança política, em 9 de fevereiro de 1990, o brasão voltou a ser a “Águia branca coroada com a cabeça virada para a direita, com as asas abertas, com o bico e as esporas douradas, situada sobre o fundo vermelho do escudo”.

BANDEIRA

A bandeira nacional da Polônia é composta por dois campos horizontais adjacentes de mesma espessura. Em cima a faixa é de cor branca e embaixo de cor vermelha. Estas cores têm sua origem no brasão da nação polonesa. A cor branca simboliza a cor da águia e a vermelha a do escudo do brasão.


As cores branca e vermelha foram consagradas em 1831, embora tenham raízes mais antigas. No século 13 a águia branca foi usada pelos reis da família Piast sobre um escudo de fundo vermelho. Na primeira metade do século 18, faziam parte dos uniformes dos soldados, aos quais era anexada uma fita branca em forma de laço simbolizando o exército nacional. Quando desencadeou a revolução de novembro as cores da fita mudaram para branco e vermelho. O branco simbolizava a bondade e a pureza dos objetivos da nação polonesa, e o vermelho, a majestade e o poder dos dirigentes poloneses. Desde este tempo as cores branca e vermelha tornaram-se as cores oficiais da nação.
                A representação pelas cores branca e vermelha mais uma vez foram confirmadas na nova Constituição firmada em 1997, artigo 28, como símbolos da nação polonesa.


Fonte: Consulado Geral da República da Polônia em São Paulo – Site http://www.consuladopoloniasp.org.br/publicar/view-simbol.php?id=35

Esse vídeo a seguir é muito legal pessoal, está disponível no youtube, foi enviado em 08/10/2010. Já que estamos falando também sobre a parte histórica, ele traz uma “linha do tempo” de todos os eventos mais importantes ocorridos no país desde a sua criação, vale a pena, é ótimo !!!!
“O Governo da Polônia fez um vídeo para a Expo 2010 Shanghai, (http://en.expo2010.cn/) uma feira em que os países podem expor informações sobre sua economia, cultura, aspectos sociais, etc.
A animação, com ótima qualidade, mostra um pouco da história do país, desde sua formação até os dias de hoje. Além de chamar atenção do público, utiliza somente a parte visual para passar as informações e efeitos sonoros, mas nenhuma fala. Uma boa saída para promover o país numa feira internacional (e fora dela também).”